24 outubro, 2006

Ensaio sobre o amor contemporâneo

Seria uma feiticeira essa borboleta?
Que sem ter a quem enfeitiçar,
descobriu poção mágica para colorir a silhueta
e redimiu-se à vida de encantar?

Seria o Sabiá um grande imperador Maia?
Que ao ver a rosa entre a plebe ser sacrificada por Deus
preferiu a solidão, por não evitar,
orou ao mesmo Deus suplicando a ascenção
atendido em parte por ser um nobre ser humano impuro
ganhou asas e canta a dor?

Seria a flor uma menina feia e triste?
Que de tanto exigir o milagre,
Deus mostrou que existe
e a transformou no ser mais belo da flora?

Seria o amor uma invenção?
Que em um contexto complexo de burguesia em ascensão,
floristas gananciosos numa jogada de marketing inventaram a paixão,mas passada a inovação
criou-se o amor numa moda primavera-verão?

Então até hoje se sorri, chora, lamenta
emaranhado de emoções,
sentimentos de alegrias e dores
e até hoje cantam corações, traições, perdas
borboletas sabiás e flores.

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