28 outubro, 2006
24 outubro, 2006
Ensaio sobre o amor contemporâneo
Seria uma feiticeira essa borboleta?
Que sem ter a quem enfeitiçar,
descobriu poção mágica para colorir a silhueta
e redimiu-se à vida de encantar?
Seria o Sabiá um grande imperador Maia?
Que ao ver a rosa entre a plebe ser sacrificada por Deus
preferiu a solidão, por não evitar,
orou ao mesmo Deus suplicando a ascenção
atendido em parte por ser um nobre ser humano impuro
ganhou asas e canta a dor?
Seria a flor uma menina feia e triste?
Que de tanto exigir o milagre,
Deus mostrou que existe
e a transformou no ser mais belo da flora?
Seria o amor uma invenção?
Que em um contexto complexo de burguesia em ascensão,
floristas gananciosos numa jogada de marketing inventaram a paixão,mas passada a inovação
criou-se o amor numa moda primavera-verão?
emaranhado de emoções,
sentimentos de alegrias e dores
e até hoje cantam corações, traições, perdas
borboletas sabiás e flores.
22 outubro, 2006
20 outubro, 2006
16 outubro, 2006
11 outubro, 2006
Coprófagos
O mundo é dos governantes insanos.
Ou seria do povo insano, que aceita ser liderado por governantes normais?
Sóbrios são aqueles que derramam sangue pelas amadas pátrias irracionais.
Seriam normais os que não contestam e insanos aqueles eternos jovens insatisfeitos?
In Memorian, soldados com glórias e medalhas de honra fazem da terra seu eterno leito.
Fizeram história, hoje não fazem mais.
Insanos são de mente
Sãos mas são dementes
O velho coprófago na solidão do Sanatório.
O tolo poeta, ébrio, solitário e irrisório.
Insanos são os que não tem o que comer.
Sãos aqueles que soam supérfluos.
Suam aqueles que almejam progresso.
Choram aqueles que um dia quiseram que suas músicas fossem mais do que meras canções.